sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Grécia Antiga


A Civilização

   Há cerca de 2.500 anos, desenvolveu-se na Grécia uma das civilizações mais importantes da Antiguidade e também uma das mais influentes de toda a história. Arquitetos gregos criaram estilos que são copiados até hoje. Seus pensadores fizeram indagações sobre a natureza que continuam a ser discutidas nos dias atuais. O teatro nasceu na Grécia, onde as primeiras peças eram apresentadas em anfiteatros abertos. Foi em Atenas, uma cidade Estado (polis), que se fundou a primeira democracia, isto é, o governo do povo. A democracia ateniense incluía apenas os cidadãos homens, excluindo escravos (um número muito alto) e mulheres, portando, uma minoria votava. A sociedade grega atravessou diversas fases, atingindo o apogeu entre os anos 600 e 300 a.C., com grande florescimento das artes e da cultura. A Grécia foi unificada por Filipe da Macedônia. Seu filho, Alexandre o Grande, disseminou a cultura grega pelo Oriente Médio e pelo norte da África.


O Mundo Homérico

   
   Tróia - Aos quarenta e seis anos de idade, Heinrich Schliemann mantinha intacta a fé nas leituras homéricas ouvidas na infância dos lábios de seu pai. A essa altura, depois de aprender grego e dono de sólida fortuna, parte em busca de um mundo sonhado, um mundo oculto que não crê (contrário aos especialistas da época) seja ficção. Em contato com os lugares homéricos, Schiliemann discorda mais uma vez dos que vêem em Bunarbashi a legendária Tróia (bastante afastado do mar). O coração - e os documentos históricos que afirmam que no século VI a.C. ali esteve o Novum Ilium - dizem-lhe, ao contemplar a colina de Hissarlik, que ali debaixo está Tróia. Dá início às escavações em 1870. Estas demonstram que aquela colina oculta ruínas de diversos povoados superpostos. Qual deles terá sido a Tróia da Ilíada? O mundo inteiro se comove quando Schiliemann anuncia que no segundo povoado encontra-se o Tesouro de Príamo, depois de remover 250.000 metros cúbicos de escombros, à partir do nível inferior. Após dispensar os operários da escavação, ele escava, ao anoitecer, as muralhas da cidadela recém descoberta juntamente com sua esposa (uma jovem grega também apaixonada por Homero). Naquela noite ele retira dois diademas de ouro, 4.066 plaquetas, 16 estatuetas, 24 colares de ouro, anéis, agulhas, pérolas..., num total de 8.700 artefatos provavelmente guardados num cofre por alguém que teria abandonado precipitadamente a cidade ao ser assaltada. Pesquisas posteriores deixam controvérsias sobre se aquele era ou não o nível onde tivera sido edificada tróia, mas sabe-se ao certo que a mítica cidade existira no local há milênios.
   Micenas - Schiliemann prossegue com suas pesquisas, agora seu objetivo era encontrar a famosa "Micenas rica em ouro", como descreviam os textos homéricos. Ele começou as escavações no local que achou mais conveniente, ignorando as opiniões do "enterados" no assunto. Acertou em cheio e logo se deparou com uma espécie de altar que poderia ter servido para a prática de sacrifícios de cunho religioso.  Depois de algum tempo ele consegue chegar aos sepulcros. Ao abrí-los, um círculo de refulgentes machados, lanças e outros objetos parecem querer defender os cadáveres, os quais encontravam-se cobertos por máscaras e discos de ouro na fronte e sobre os olhos. A terceira das cinco tumbas abrigava esqueletos femininos e encontrava-se cheia de objetos de ouro e jóias. Schiliemann escreveu à um amigo a seguinte frase: "Encontrei um tesouro tão fabuloso que todos os museus do mundo reunidos equivalem a sua quinta parte". A máscara funerária que ele atribuíra à Agamemnom, no entanto, não tivera pertencido àquele famoso rei grego e combatente da Guerra de Tróia. Os especialistas demonstraram implacavelmente que aquelas tumbas eram anteriores à grande rixa com os troianos.
   Tirinto - Em Tirinto, as ruínas do grandioso palácio argólida já há tempos havia sido localizada pelos arqueólogos, mas a maioria deles acreditava que os muros queimados remontavam a época medieval. Schiliemann porém, escavou muito, logo retirando as impressionantes muralhas que rodeiam a vila. As pinturas encontradas esclareceram o avançado grau de civilização daquelas populações do Peloponeso e foram um convite para que escavasse as ilhas do Egeu. Homero contava que um dos soberanos que combateram com os troianos era Idomeneu, rei de Creta. Obtida a permissão para escavar, o proprietário exigiu um preço elevado que Schiliemann, embora riquíssimo, se recusou a pagar. Anos depois, um inglês  de nome Arthur Evans atendeu às pretensões do dono: o palácio de Minos foi descoberto e mostrou uma formosa e tangível realidade.
   Creta - Bastaram umas horas de trabalho para que Evans encontrasse o fruto de suas escavações. Três semanas depois, estava a frente de uma construção impressionante (ocupava uma extensão de mais de um hectare) que deixava pequenas as de Micenas e Tirinto. À memória de Evans chegaram as palavras de Homero: "E em Creta se encontra Cnossos, uma grande vila onde, durante nove estações, reinou Minos, amigo inseparável de Zeus Todo Poderoso". A obra era de exterior muito simples, ao contrário do interior, que era intrincado. As prodigiosas pinturas encontradas do lado interno falavam claramente do esplendor da civilização minóica. A emoção de Evans e dos trabalhadores chegou ao máximo quando encontraram o "Salão do Trono", com os altares em honra à Grande Deusa (divindade que remonta a época dos agrupamentos matriarcais do neolítico), porcelanas, pinturas, etc. O que mais impressionou neste grande edifício foi o excelente serviço de encanamentos e de escoadouro. As pinturas retratavam um ambiente de fim de século. Vale lembrar que Evans passou 25 anos escavando em Cnossos.

Alexandre, O Grande
Alexandre, O GrandeApós sucessivos conflitos internos na Grécia, como a Guerra do Peloponeso (431 a.C.), entre Atenas e Esparta, da qual a última saiu vitoriosa, inciou-se um período de enfraquecimento da Cidades Estados gregas. Houve ainda uma hegemonia temporária de Tebas, que foi sucedida pelo início das incursões de Felipe da Macedônia (localizada ao Norte da Grécia) sobre o restante do mundo grego (338 a.C.).
Os exércitos de Alexandre, O Grande da Macedônia (que deu continuidade às conquistas de seu pai, Felipe), em oito anos já haviam conquistado quase todo o mundo conhecido daquela época: da Grécia à Índia; do Egito ao Cáucaso. Seus homens cansados se amotinaram (não queriam mais acompanhar o grande general), o que obrigou-o a regressar de suas campanhas militares. No Irã (antiga Pérsia), ainda pode ser visto o que sobrou dos palácios que Alexandre Incendiou. No Egito ele foi elevado à condição de deus. Durante uma batalha porém levou uma flechada no peito, mas como um milagre se salvou, e veio a morrer anos depois (323 a.C.) por UMA PICADA DE MOSQUITO que lhe transmitiu a malária. Como um sonho fabuloso a pequena Macedônia dominou o mundo, Alexandre foi imortalizado em mosaicos, estátuas de rocha e em contos que narram vitórias intermináveis de um homem que como um deus marchou sobre o mundo antigo e, apesar de sua vida curta (33 anos), marcou para sempre a história mundial. 

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